A data de hoje, 1 de Maio - Dia do Trabalho,
não poderia ser mais propicia para a abordagem: Agronegócio, mais
especificamente, a cafeicultura em âmbito nacional.
De forma resumida gostaria de expor, abaixo, alguns dados:
O
agronegócio Brasileiro
emprega 19 milhões de pessoas, segundo estudo feito pelo Cepea/ESALQ (Centro de
Estudos de Economia Agrícola da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
de Piracicaba, SP).
O estudo não contabiliza os agricultores que
produzem para consumo próprio. O setor do agronegócio que mais emprega é o da
agricultura familiar, com 11,5 milhões de trabalhadores.
Os 19 milhões de trabalhadores do agronegócio
representam 20% do total de empregos no país. Calcula-se que o Brasil tem 91
milhões de trabalhadores, incluídos os que têm carteira assinada e os
trabalhadores da economia.
A
representatividade do cultivo do café para o Brasil, sendo o maior produtor e exportador de café
e segundo maior consumidor do produto no mundo, o produto, no Brasil, figura
entre os dez principais setores exportadores, estando na 5ª posição. Segundo o
Balanço Comercial do Agronegócio, em dezembro de 2016, o produto representou
9,8% das exportações brasileiras, movimentando o montante de US$ 600,74 milhões.
O parque cafeeiro está estimado em 2,22
milhões de hectares. São cerca de 287 mil produtores, predominando mini e
pequenos, em aproximadamente 1.900 municípios, que, fazendo parte de
associações e cooperativas, distribuem-se em 15 Estados: Acre, Bahia, Ceará,
Espírito Santo, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas
Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo. Com
dimensões continentais, o país possui uma variedade de climas, relevos,
altitudes e latitudes que permitem a produção de uma ampla gama de tipos e
qualidades de cafés.
Ressalta-se que a cafeicultura brasileira é
uma das mais exigentes do mundo em relação a questões sociais e ambientais,
havendo uma preocupação em garantir a produção de um café sustentável. A
atividade cafeeira é desenvolvida com base em rígidas legislações trabalhistas
e ambientais. São leis que respeitam a biodiversidade e todas as pessoas envolvidas
na cafeicultura e pune rigorosamente qualquer tipo de trabalho escravo e/ou
infantil nas lavouras. As leis brasileiras estão entre as mais rigorosas entre
os países produtores de café.
Atualmente, o café é fonte imprescindível de
receita para centenas de municípios, além de ser o principal gerador de postos
de trabalho na agropecuária nacional. Os expressivos desempenhos da exportação
e do consumo interno de café implicam na sustentabilidade econômica do produtor
e de sua atividade.
Emprego
A
cadeia produtiva de café é responsável pela geração de mais de oito milhões de
empregos no país,
proporcionando renda, acesso à saúde e à educação para os trabalhadores e suas
famílias. Em algumas regiões cafeeiras, programas de inclusão digital capacitam
jovens e adultos, ensinando noções básicas de computação e acesso à Internet.
O Exmo. Ministro, Sr. Blairo Borges Maggi
juntamente com seu secretario, o Sr. Neri Geller, confirmam: Na Câmara, ministro Blairo Maggi afirma que
vai autorizar importação de café robusta do Vietnã.
Na contramão do agronegócio mundial, que vem
engenhando formas mais sustentáveis de produção, valorização e comercialização
de alimentos, a exemplo, o Km zero e outros modelos alternativos de produção
agrícola. O MAPA, por sua vez, considerou a possibilidade de importar café de
um país (Vietnã) que se encontra a aproximadamente 18 mil quilômetros de
distancia. Independentemente do interesses que estavam por trás disso, a meu
ver, pouco patriótico por parte do Ministro e seus secretários. Tal iniciativa
poderia comprometer toda a atividade e seus respectivos índices econômicos e
sociais, podendo até tirar o Brasil da liderança na produção de café. Graças a
SINCAL e outras entidades representativas da classe, que representam verdadeiramente
os interesses dos cafeicultores desta nação, conseguiram, por hora, que o Exmo.
Presidente da republica Michel Temer barrasse as possíveis importações garantindo assim a preservação de milhares de empregos na atividade.
Gostaria de deixar uma salva de palmas a
todos que lutam diariamente contra as adversidades que é produzir nesta pátria,
que para quem trabalha nada gentil mãe és.
Feliz
dia do trabalho a todos...
Alfonso Fabio
Produtor Rural, Eng. Agrônomo e Coffemaker