Segundo Fundação Procafé, só
nesta época, a cadeia produtiva gera cerca de 300 mil empregos na região.
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O
início do período da colheita do café reforça a geração de empregos no Sul de
Minas. Oportunidade para muitas pessoas que tinham outro tipo de trabalho e que
agora estão desempregadas, conseguirem um serviço na área. Segundo a Fundação
Procafé, só nesta época, a cadeia produtiva gera cerca de 300 mil empregos na
região.
Muita
gente sai até de outras regiões para conseguir uma vaga no Sul de Minas. É o
caso de Santa de Lourdes, que saiu de Jequitinhonha, no Norte do Estado, para
trabalhar na lavoura em Três Pontas (MG). O último serviço dela tinha sido de
empregada doméstica, no ano passado.
"Eu
estava sem nada, ai eu vim pra cá e chegou aqui eu comecei a panhar café e
estou até hoje. Pretendo, enquanto Deus me der vida, ficar na colheita",
disse a trabalhadora rural Santa de Lourdes Freitas.
Mulher
saiu de Jequitinhonha, no Norte do Estado, para trabalhar na lavoura em Três
Pontas (MG) (Foto: Reprodução EPTV/Devanir Gino)
Além
de ser uma chance de voltar ao mercado de trabalho, é uma possibilidade de se
conseguir um bom salário. "Esse mês que vai começar, se trabalhar os 26
dias, eu posso ganhar até R$ 1,5 mil. É bom", disse o trabalhador rural
Marcos Moreira.
Segundo
o gerente de uma fazenda, a mão de obra é essencial para colher os 60 hectares
da lavoura que estão no morro, onde as máquinas não entram. Dos 42 safristas
que foram contratados, 90% estavam sem emprego.
"Diante
da crise vários trabalhadores como empregada doméstica, pedreiro e até do
próprio comércio, como vendedor", contou Lucas Lopes, gerente da fazenda.
Segundo
Fundação Procafé, só nesta época, a cadeia produtiva gera cerca de 300 mil
empregos no Sul de MG (Foto: Reprodução EPTV/Devanir Gino)
O
campo também tem se tornado atraente para muitos que não encontram trabalho na
cidade. Na roça, eles tem também todos os direitos de quem trabalha com
carteira assinada.
"Eles
têm todos os direitos [como] 13º salário, férias, remuneração e, principalmente,
essa questão de salário na época de produção, que tem um salário melhor do que
o salário mínimo", explicou Arnaldo Botrel, presidente do Sindicato dos
produtores Rurais de Varginha (MG).
Longe
das lavouras, a colheita do café também gera emprego. Por onde o café passa,
tem trabalho. Uma cadeia de produção extensa, que necessidade de muita mão de
bora. Só em uma cooperativa, o número de funcionários aumenta em 50% durante a
safra.
Café
também gera emprego na cidade, como em cooperativas, galpões e armazéns no Sul
de MG (Foto: Reprodução EPTV/Devanir Gino)
"A
cafeicultura não empresa só no meio rural. A cafeicultura emprega na cidade
também, emprega nas cooperativas, emprega nos armazéns gerais", disse o
presidente da Cocatrel, Francisco de Figueiredo Filho.
A
maior oferta de emprego é na área de armazenamento e seleção dos grãos. No
último mês, quase dobrou o número de contratações.
O período da colheita do
café deve durar até setembro.
Fonte: G1 / Jornal da EPTV 2ª edição