Estado enfrentou anos
seguidos de quebra na produção por conta das condições climáticas. Neste ano,
no entanto, a previsão é de leve recuperação na safra, em torno de 5 a 5,5
milhões de sacas de 60 kg. A remuneração aos produtores é uma preocupação no momento
já que os custos chegam a R$ 350 a saca.
A colheita do café conilon
no estado do Espírito Santo, que é o maior produtor da variedade no Brasil,
começa a ser realizada, com boas expectativas em torno da produtividade.
De acordo com Edmilson
Calegari, gerente de comercialização da Cooabriel, até o momento, há cerca de
30% a 40% de área colhida. As primeiras amostras que já chegam, a princípio,
apresentam uma melhor qualidade em relação ao ano passado.
No período de formação dos
grãos houveram chuvas regulares. Além disso, a qualidade melhorou por conta de
uma formação perfeita do grão, resultado de uma espera por um tempo maior de
maturação.
Em 2016, até 10 sacas de
café cereja foram utilizadas para um beneficiado. Esse ano, foram 4 sacas de
café cereja para um beneficiado.
A colheita havia começado no
início de maio, mas a maturação atrasou um pouco. Por isso, muita gente tinha
parado de colher. Assim, as chuvas dos últimos dias vieram em boa hora e não
atrapalhou na safra - pelo contrário, ajudaram a reforçar a planta.
As expectativas da Cooabriel
para a produção nesta safra giram em torno de 5 a 5,5 milhões de sacas por
conta de um ganho no rendimento, que deve ser de 20% para este ano. Esse ganho,
segundo Calegari, ainda é pequeno, mas que é considerável pensando na última
safra.
Houve uma recuperação nas
lavouras, que vegetaram bem mais do que em 2016. O ano também foi de mais
chuvas, de 60 até 70mm em várias regiões. Assim, espera-se também uma boa safra
para o ano que vem, dependendo do andamento nos próximos meses.
Entretanto, essas chuvas
foram suficientes para as plantas, mas ainda não foram suficientes para
abastecer os reservatórios de água e os lençóis freáticos. Com isso, precisa-se
de mais chuvas regulares para normalizar a irrigação na região.
Quanto a preços, a situação
não está tão satisfatória. A safra não será normal, com apenas 60% da
capacidade. Isso faz com que o custo também aumente para R$350 a saca. Um preço
justo a ser pago para o produtor, de acordo com Calegari, seria por volta dos
R$450.
Por: Jhonatas Simião
e Izadora Pimenta