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Apresentação do presidente da SINCAL, Sr. Armando Mattiello, na Audiência Pública “Cenário da Política pública Brasileira para o Café”.

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segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Fazendeiro reclama de perseguição do Ministério do Trabalho e corta 450 mil pés de café


Foto: Dr. Wanderlino foi o introdutor da cafeicultura no sul da Bahia. Hoje, queixa-se de perseguição do Ministério do Trabalho.

“Homem do Café’ e ‘agora’ também do açaí, reclama de perseguição do Ministério do Trabalho, anuncia o corte de 450 mil pés de café e fala da Ceplac, UESC e das horarias recebidas. “Esses cerca de 800 empregos desses trabalhadores que eu dispensei, o juiz do Ministério do Trabalho que arrume outro emprego para eles”.

Muito antes do açaí virar febre no mundo todo, um visionário resolveu introduzir a fruta numa região inimaginável para a maioria dos produtores. Ainda na década de 90, este mesmo homem já havia vislumbrado uma outra grande oportunidade: plantar café nas terras férteis e chuvosas do sul da Bahia. Ambas iniciativas deram certo, mas, neste exato momento, um desses ciclos ‘morre’, enquanto o outro.

Esse visionário, natural do Espírito Santo, ícone do café conilon capixabense e introdutor da cafeicultura na região ‘cacaueira’, está encerrando uma tradição mantida desde 1836, quando sua família de ascendência Portuguesa e Suíça, começou a cultivar café. “Fui incentivador do plantio do café no sul da Bahia. Estou interrompendo essa tradição familiar este ano, pois não posso mantê-la com prejuízo”, conta aos 76 anos, o doutor Wanderlino Medeiros Bastos, Engenheiro Agrônomo formado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, famoso criador da muda clonal do café, ex-presidente da Cooabriel – a maior cooperativa de Café Conilon do Brasil, e que reside na região há 22 anos.
A ‘derrubada’ noticiada pelo produtor, mais que um prejuízo empresarial, é um dano socioeconômico incalculável para a economia regional. Em tempos de crise e de clamor pelo desenvolvimento e geração de renda, o renomado produtor decidiu cortar os 450 mil pés de café que possui na sua propriedade, no KM 564 às margens da BR 101, no município de Arataca. Esse corte atinge também e com maior gravidade, centenas de empregos que eram gerados pela cafeicultura.

“Sempre cumpri com todas as leis trabalhistas. Recentemente paguei uma multa do Ministério do Trabalho de R$ 650 mil. Eles chegaram aqui armados com a Polícia Federal. Meu filho foi recebê-los e cumprimentá-los. Eles colocaram as armas em cima dele. Intimam direto. Eles chegam ao ponto de inventar questionamentos na hora. Meu advogado chega lá e eles não sabem nem o que vão perguntar. Inventam questionamentos na hora, para pedir. A minha culpa é gerar emprego demais. Eles dizem: ‘Ele tem muito trabalhador, não tem como não ter erro’. Mas, meu erro é ser correto e pagar tudo em dias. Eles vão aumentar a perseguição (depois dessa matéria), mas, mais do que perseguem, não é possível”.

“Cortei esse café todo, porque, em parte, só sobrevive aqui quem não tem empregado com carteira assinada. Quem tem 20 ou 30 funcionários, ninguém perturba. Eles pensam que quem planta café é rico. Se você vender uma safra e colocar o dinheiro do banco, quando chegar na outra colheita, você não tem mais nada, por causa dos autos custos da lavoura. Mas eles comparam: uma saca de café custa R$ 350,00. Um saco de milho não chega a R$ 35,00. Então quem planta café é rico”.

O maior produtor de café da região, queixa-se das ações e da ‘petulância’ do Ministério do Trabalho. “No nosso pais, não existe segurança pública. Existe segurança dos poderes, sejam do Judiciário ou do executivo. Ficam com quatro ou cinco policiais armados e se acham os todo-poderosos. Dizem com todas as palavras que não atendem ao público. Juízes e promotores acham que são mais do que um agricultor!”, desabafa Wanderlino, num claro tom de revolta.

Dr. Wanderlino chegou a manter, até pouco tempo, cerca de 800 trabalhadores em sua propriedade. A grande maioria, na colheita do café. “Nunca tive nenhum problema, sempre mantive tudo em dias, todos os direitos”. Hoje o quadro de funcionários nas atuais atividades da fazenda, gira em torno de 50. “Estou derrubando todos os meus pés de café. Tem muitos pés de café com frutos, porque não deu tempo derrubar tudo, mas não vamos colher nenhum. Os empregos desses trabalhadores que eu dispensei, o juiz do Ministério do Trabalho que arrume outro emprego para eles”, diz.

“Agora que criaram uma lei obrigando assinar carteira de empregada doméstica. Ela mesma (Wanderlino chama a empregada Jeane, que acompanha essa entrevista para confirmar), trabalha aqui há 5 anos e todos sempre tiveram a carteira assinada. Me sinto um injustiçado, só porque tenho muitos trabalhadores”, analisa. “Aqui eu me sinto perseguido pelo Ministério do Trabalho”, afirma.


Fonte: Folha do Cacau
24/12/2017 - 13:30:49

domingo, 24 de dezembro de 2017

Entrevista com Armando Mattiello no programa A Voz do Produtor Rural - Rádio Guaranésia em 24/12/18




Assista entrevista com o Presidente da SINCAL, Armando Mattiello, ao programa A voz do Produtor Rural da Rádio Guaranésia, com a apresentação do radialista Jota Bueno.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Considerações sobre as exportações brasileiras de café em NOVEMBRO de 2017.



As exportações de café do Brasil em Novembro de 2017, somaram 2.785.853   sacas, portanto, inferiores em 491.253 sacas ou menos 15% referente a Novembro de 2016, que foi 3.277.106 sacas.

No período de Julho a Novembro de 2017, o acumulado em 2017 foi de 12.572.397 sacas, inferior a 14,60% ao mesmo período do ano de 2016, que foi de 14.718.603 sacas.

Até o dia 12 de Dezembro, a emissão de certificados está em 820.333 sacas, indicando uma projeção de emissão total no mês de Dezembro de 2017 em aproximadamente 2.18 milhões de sacas, quando em Dezembro de 2016 foi de 3.262.022 sacas.
Assim sendo, os 6 meses iniciais de safra brasileira, isto é JULHO a DEZEMBRO de 2017, projeta exportações de 14.745.303 sacas, menor em aproximadamente 18% que o mesmo período do ano anterior, que foi 17.980.625 sacas.

Desta forma, se torna factível que as exportações de café do Brasil alcancem somente 27/28 milhões de sacas no ano safra de 2017/2018.

A Safra Derivada de 2016/2017 apurou uma produção total de 49.724.561 sacas, porém a OIC insiste em divulgar que o Brasil colheu 55 milhões de sacas, e nossas autoridades do MAPA não tomam nenhuma providência para que este grave erro seja sanado.

Dado a safra menor em 2017/2018 devido a bienalidade, nota-se que atualmente os estoques físicos de café no Brasil são muito menores que no mesmo período do ano passado, e deveremos chegar em Julho de 2018 com estoques próximos a zero.

O melhor indicador para projetarmos a safra de 2018/2019 é a real safra de 2016/17, que foi de 49,72 milhões de sacas, pois ambas são de ciclo alto nos arábicos, devendo-se corrigir o Conilon devido a alguma recuperação de produção, então é doloso divulgar safras de 60 milhões de sacas.

Diante do exposto, é de suma importância que a CONAB faça um excelente levantamento de estoques em Março de 2018, pois a partir destes poderemos saber a produção real de 2017/2018.

É necessário dados confiáveis, pois é preciso desmitificar estas superproduções que organismos internacionais e agências de notícias divulgam sobre as safras brasileiras.

Os prejudicados pela falta de seriedade na apuração e divulgação de dados são os cafeicultores brasileiros e mundiais, que vendem o fruto de seu trabalho a preços aviltados, fazendo um ciclo vicioso de pobreza.

Safra derivada são obtidos de levantamentos de estoques de café do ano anterior (2016), o uso de café total (exportações + consumo interno) nos 12 meses (Abril/2016 a Março/2017), importações de café no mesmo período, e estoques finais de café do ano atual (2017).

Assim sendo, no período de 12 meses, temos os dados abaixo:

Estoque do Brasil em 31 de março de 2016 = 15.078.997 sacas, fonte CONAB
Estoque do Brasil em 31 de março de 2017 = 10.121.405 sacas, fonte CONAB
Exportações Brasileiras Abril/16 a Março/17       = 33.488.053 sacas, fonte CECAFÉ
Consumo interno Abril/16 até Março/17        = 21.200.000 sacas, fonte ABIC
Importações de café Abril/16 até Março/17   = 5.900 sacas, fonte MDIC/Secex

Desta forma temos que, para um uso total de 54.688.053, que é a soma das Exportações + Consumo interno, houve uma diminuição dos estoques de 4.957.592 sacas e uma importação de 5.900 sacas.

Matematicamente, conclui-se que a Produção Brasileira de Café na safra 2016/17 foi de 49.724.561 sacas.

Para a safra de 2017/2018, deveremos aguardar o levantamento de estoques em 31 de Março de 2018, e respectivos consumos, exportações e importações no período de Abril de 2017 até Março de 2018.

Atenciosamente,

Marco Antônio Jacob

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Como aumentar o preço do Café

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Senhores vejam a modernidade que está implantada nas bolsas e grandes oligopólios de café que comandam o mercado. Os fatores fundamentais como produção, secas, geadas etc... são desconsiderados pela Inteligência Artificial que agrupam informações, aglutinam em gráficos e direcionam o mercado visando maiores lucros aos Oligopólios e aos investidores que ficam munidos de informações para as decisões.

A Inteligência Artificial está sendo dirigida por verdadeiros gênios com a utilização de algoritmos levando-os a uma logística perfeita. Muitas vezes utilizando factoides para sobressair da verdade e aumentando a manipulação dos preços. Atualmente, somos explorados ao máximo e nossas lideranças e o setor governamental estão cegos, ignorantes e antipatriotas. São adeptos ao mercado livre que foi preconizado após a queda do Muro de Berlim. Os Estados Unidos da América do Norte introduziram o mercado livre via Mundialização ou Globalização e, ganharam muito dinheiro. Atualmente estão fazendo o caminho ao contrário. Vejam as ações do presidente Trump com relação a proteção e barreiras contra os chineses e outros.

Na entrevista da CEO da IBM, mostra como esse sistema está expandindo e já está modernizando o nome para Inteligência Cognitiva. Acredita se, por análise de especialistas, que o investimento na Inteligência Artificial/Cognitiva chega-se a casa de centenas de bilhões de dólares. Enquanto isso estamos ao ritmo do carro de boi apregoando o mercado livre e sem regras provocando miserabilidade aos cafeicultores, trabalhadores rurais e a todos os elos o Agronegócio Café. Há especialistas nas Universidades, como UFLA, entre outros que estão adentramos dessas tecnologias e aptos a nos ensinar.

A SINCAL está enxergando uma saída e estamos trabalhando com a intenção de elaborarmos um PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO a longo prazo para minimizarmos essas sistemática e colocarmos a cafeicultura para produzir riqueza e não miserabilidade.


Armando Mattiello

Presidente da SINCAL









quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Agricultura 4.0 avança e traz ganhos a produtor

agricultura (Foto: Thinkstock)


02/11/2017 - 10H50 - POR ESTADÃO CONTEÚDO

Drones, aplicativos, novos sensores e inteligência artificial invadem o campo. Cerca de 45% das empresas do setor já usam técnicas com inovações digitais.


O movimento trazido pelas inovações digitais - como internet das coisas, inteligência artificial e outras -, que permitiram um grande salto na produtividade com a criação da indústria 4.0, está se repetindo no campo. A agricultura 4.0 tem conseguido ganhos no agronegócio, da pré-produção até fora da porteira das fazendas. "As tecnologias digitais têm levado a agricultura de precisão a um novo patamar", diz Silvia Massruhá, chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária.

"Cerca de 45% das empresas da área já usam alguma das novas técnicas, mas há grandes desafios à frente, seja por conta do custo alto dessas tecnologias, pela falta de conexão com a internet nas propriedades agrícolas ou pela baixa qualificação de mão de obra. "Assim, satélites e drones colhem informações das condições da agricultura, do solo e das condições meteorológicas e repassam em tempo real para produtores e pesquisadores.

Sensores instalados nas plantações começam a guiar tratores e colheitadeiras automatizados, reduzindo custos e melhorando a eficiência das safras. E diversos tipos de aplicativos têm ajudado agricultores e pecuaristas a terem na palma da mão opções para entenderem melhor suas propriedades, suas culturas e criações. Bem como auxiliar pesquisadores, além de formuladores de políticas públicas e bancos a mensurar prováveis riscos para fornecer subsídios e empréstimos.

Quer um exemplo?

Os exemplos práticos vêm de várias áreas. Há aplicativos que avisam ao produtor de leite quando está na época de colocar uma vaca para ser emprenhada ou quando um bezerro deve ser desmamado. Outro, agrega informações de 1.600 estações meteorológicas do país e depois de processar os dados produz modelos e estudos para várias culturas, indicando a melhor época de plantio para cada lugar. As previsões são atualizadas diariamente, bem como os índices de seca, as probabilidades de geada e outros fenômenos climáticos e a quantidade de água no solo. Um software permite ainda reconhecer, por meio de fotos, pragas que podem estar assolando as colheitas e indicar tratamentos.

Em outra frente de trabalho, foi adaptado um modelo de simulação de plantio de arroz, o Oryza 2000, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisa do Arroz, das Filipinas, com os dados nacionais. Além das condições de solo e dos tipos de sementes usados no Brasil, foram colocados no sistema dados climáticos dos últimos 30 anos, de 51 estações meteorológicas ligadas às principais regiões produtoras do País. "A decisão que o agricultor tomava até algum tempo atrás com base em sua experiência e na tentativa e erro pode ser feita agora com rigor científico e analítico", afirma Alexandre Bryan Heinemann, pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão. Como os modelos desse projeto são mais sofisticados, essa ferramenta é usada sobretudo por pesquisadores e para auxiliar na tomada de decisões de políticas públicas para o setor.

Atuação

Há tantas possibilidades e demandas - seja do Ministério da Agricultura, de diferentes órgão públicos, de pesquisadores, de produtores e associações e empresas de tecnologia - que a Embrapa tem ganhado novas formas de atuação. Se antes, dedicava-se sobretudo à pesquisa e desenvolvimento, hoje, também tem funcionado como uma facilitadora: faz a ponte entre empresas, startups de tecnologia e investidores. "Unimos várias pontas e trabalhamos sobretudo com inovação aberta, onde consórcios de pesquisa desenvolvem projetos de interesse comum até determinado ponto e os parceiros usam partes em seu modelo de negócios, reduzindo custos e melhorando a eficiência", afirma Silvia.

É uma corrida contra o tempo, que todos os países fortes no agronegócio disputam. Só que, enquanto EUA e Europa têm ecossistemas mais bem articulados, aqui a pesquisa ainda sofre por falta de estrutura. O Oryza 2000, por exemplo, foi considerado projeto de big data na Embrapa Arroz e Feijão. "Tínhamos de rodar 24 modelos para cada dia do ano. Eram milhões de simulações que nossos servidores não eram capazes de fazer", afirma Heinemann.