As
exportações de café do Brasil em Novembro de 2017, somaram 2.785.853 sacas, portanto, inferiores em 491.253 sacas ou
menos 15% referente a Novembro de 2016,
que foi 3.277.106 sacas.
No
período de Julho a Novembro de 2017, o acumulado em 2017 foi de 12.572.397 sacas,
inferior a 14,60% ao mesmo período do ano de 2016, que foi de 14.718.603 sacas.
Até
o dia 12 de Dezembro, a emissão de certificados está em 820.333 sacas, indicando
uma projeção de emissão total no mês de Dezembro de 2017 em aproximadamente 2.18
milhões de sacas, quando em Dezembro de 2016 foi de 3.262.022 sacas.
Assim
sendo, os 6 meses iniciais de safra brasileira, isto é JULHO a DEZEMBRO de 2017, projeta exportações de 14.745.303 sacas, menor em aproximadamente 18% que o
mesmo período do ano anterior, que foi 17.980.625 sacas.
Desta
forma, se torna factível que as exportações de café do Brasil alcancem somente
27/28 milhões de sacas no ano safra de 2017/2018.
A
Safra Derivada de 2016/2017 apurou uma produção total de 49.724.561 sacas, porém
a OIC insiste em divulgar que o Brasil colheu 55 milhões de sacas, e nossas
autoridades do MAPA não tomam nenhuma providência para que este grave erro seja
sanado.
Dado
a safra menor em 2017/2018 devido a bienalidade, nota-se que atualmente os
estoques físicos de café no Brasil são muito menores que no mesmo período do
ano passado, e deveremos chegar em Julho de 2018 com estoques próximos a zero.
O
melhor indicador para projetarmos a safra de 2018/2019 é a real safra de 2016/17,
que foi de 49,72 milhões de sacas, pois ambas são de ciclo alto nos arábicos,
devendo-se corrigir o Conilon devido a alguma recuperação de produção, então é
doloso divulgar safras de 60 milhões de sacas.
Diante
do exposto, é de suma importância que a CONAB faça um excelente levantamento de
estoques em Março de 2018, pois a partir destes poderemos saber a produção real
de 2017/2018.
É
necessário dados confiáveis, pois é preciso desmitificar estas superproduções
que organismos internacionais e agências de notícias divulgam sobre as safras brasileiras.
Os
prejudicados pela falta de seriedade na apuração e divulgação de dados são os
cafeicultores brasileiros e mundiais, que vendem o fruto de seu trabalho a
preços aviltados, fazendo um ciclo vicioso de pobreza.
Safra
derivada são obtidos de levantamentos de estoques de café do ano anterior (2016),
o uso de café total (exportações + consumo interno) nos 12 meses (Abril/2016 a
Março/2017), importações de café no mesmo período, e estoques finais de café do
ano atual (2017).
Assim sendo, no período de
12 meses, temos os dados abaixo:
Estoque
do Brasil em 31 de março de 2016 = 15.078.997 sacas, fonte CONAB
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Estoque
do Brasil em 31 de março de 2017 = 10.121.405 sacas, fonte CONAB
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Exportações
Brasileiras Abril/16 a Março/17 =
33.488.053 sacas, fonte CECAFÉ
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Consumo
interno Abril/16 até Março/17 =
21.200.000 sacas, fonte ABIC
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Importações
de café Abril/16 até Março/17 = 5.900
sacas, fonte MDIC/Secex
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Desta
forma temos que, para um uso total de 54.688.053, que é a soma das Exportações
+ Consumo interno, houve uma diminuição dos estoques de 4.957.592 sacas e uma
importação de 5.900 sacas.
Matematicamente, conclui-se que a Produção Brasileira de Café na safra 2016/17 foi de 49.724.561
sacas.
Para
a safra de 2017/2018, deveremos aguardar o levantamento de estoques em 31 de
Março de 2018, e respectivos consumos, exportações e importações no período de
Abril de 2017 até Março de 2018.
Atenciosamente,
Marco Antônio Jacob